Nome
vulgar:
ESCALO
Nome
científico: Leuciscus
(agora Squalius) sp.
e Rutilus sp.
Família: Cyprinidae
Ordem: Cypriniformes
O Escalo, incorrectamente designado em alguns meios por Bordalo, este com o nome científico de Rutilus alburnoides (agora Squalius alburnoides), é uma espécie endémica da Península Ibérica, existindo em quase todas as bacias hidrográficas portuguesas, estando oficialmente referenciados o Escalo do Norte (Leuciscus carolitertii (Squalius carolitertii)) e o do Sul (Leuciscus pyrenaicus (Squalius pyrenaicus)), designações atribuídas de acordo com o seu habitat natural a norte ou a sul do Rio Mondego. Outros nomes científicos desta espécie como o Leuciscus cephalus, este mais vulgar no Norte da Europa, são igualmente referenciados pelos investigadores, daí uma certa confusão na exacta localização e distribuição de todas as suas variantes.
Na legislação de pesca desportiva há outras espécies que também são designadas por Escalo, não sendo distinguidas deste, com o nome científico: Rutilus macrolepidotus (só existe em Portugal), Rutilus arcasii e lemmingii.
Recentemente, em 1998, foi descrita uma nova espécie o Squalius aradensis, ou escalo do Arade, que existe no Arade, Algibre e Bordeira no extremo sul de Portugal.
O Escalo tem uma distribuição preferencial pelas ribeiras localizadas no interior.
É um peixe com pequenas dimensões chegando a alcançar como comprimento máximo cerca de 25 cm e um peso que poderá ir até mais ou menos 1 kg como máximo. Possui um corpo alongado e comprimido nos flancos, de cabeça grande com focinho cónico e uma boca pequena com o maxilar superior cobrindo ligeiramente o inferior.
Apresenta uma coloração que varia entre o cinzento-acastanhado e o castanho-esverdeado, com tons de algum azul e ou prateado, tendo uma banda negra dos flancos e as escamas possuem uma ligeira mancha escura.
O seu habitat é muito variado mas assenta habitualmente em águas correntes tanto nas planícies como nas montanhas, tendo uma grande resistência a águas de baixa oxigenação na época do Verão, desde que as águas não estejam poluídas.
A sua alimentação baseia-se em insectos, crustáceos e até alevins.
É uma espécie que faz a sua reprodução em plena Primavera executando a desova nos locais de correntes quase nulas e entre as pedras ou cascalho e alguma vegetação submersa junto às margens.
O Escalo é um dos peixes que mais poderá vir a sofrer com a crescente poluição que a mão humana vai largando nas ribeiras para além de ser um peixe muito cobiçado por outras espécies que têm vindo a ser introduzidas.
Leuciscus cephalus
L. carolitertii (escalo
do Norte)
L. pyrenaicus (escalo
do Sul),
Rutilus alburnoides
(Bordalo)
Rutilus macrolepidotus (Ruivaco) agora Chondrostoma macrolepidotus.
Squalius aradensis (Escalo do Arade).